Partindo da análise dos principais documentos normativos da Educação (CF/88, LDB/96) e do Ensino de Física (PCNEM, PCN+ e BNCC), percebemos o quanto se faz necessária a compreensão dos fundamentos científicos-tecnológicos para o exercício da cidadania. Além dessa análise, pesquisadores da área de ensino de Física discutem, desde 1990, sobre a efetiva implementação da Física Moderna e Contemporânea (FMC) na cultura escolar, objetivando que o educando, ao final do ensino médio, possa dominar justamente os princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; discutem também sobre a necessidade de uma atualização curricular e de produção de materiais didáticos (TERRAZZAN, 1992; OSTERMANN; MOREIRA, 2000; SIQUEIRA, 2006; SILVA; ALMEIDA, 2011). Nesse panorama, o Livro Didático (LD), recurso material e pedagógico, apresenta-se como eficaz instrumento de trabalho para a atividade docente e para a aprendizagem dos alunos (MATTOS, 2016). Ainda vem sendo considerado como um dos instrumentos de maior influência na educação escolar (NICIOLI JUNIOR; MATTOS, 2006) e, dentro desse ambiente, muitas vezes é o único material instrucional disponível que o aluno possui, tornando-se um elemento constitutivo de um conjunto multimídia (CHOPPIN, 2004). Procurando situar o papel do livro didático como instrumento importante na formação cidadã, reconhecendo que, para tal formação, não se pode abrir mão de temas e conteúdos, como por exemplo, da Física Moderna e Contemporânea (FMC) na educação básica, apresentarei algumas reflexões sobre o mecanismo de escolha dos livros didáticos, no âmbito do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), e a sua importância na prática pedagógica do professor de Física.
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