sexta-feira, 29 de junho de 2012

Física Moderna e Contemporânea na Educação Básica e a Formação de Professores


O Ensino de Física Moderna e Contemporânea é um dos grandes desafios atuais da educação científica. As  dificuldades em relação à aplicação deste tema na Educação Básica se inicia na formação de professores, e no trabalho com os obstáculos que são significativos em iniciativas.
Assim, no próximo dia 06 de julho, 14h, no auditório de direito, o SAEC promove o Seminário: Professores de física em contexto de inovação curricular: saberes docentes e superação de obstáculos didáticos no ensino de Física Moderna e Contemporânea, a ser apresentado pelo Professor Doutor Maxwell Siqueira, do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas.
O professor trará as questões levantadas em seu estudo de doutoramento, trazendo boas discussões sobre a utilização da Física Moderna na formação de professores e em sala de aula.


Maxwell Siqueira é Graduado em Física pela UFJF, mestrado em ensino de Ciências, com ênfase em ensino de Física pela USP e doutor em educação (ensino de física e matemática) pela FEUSP. Atualmente é professor Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz, atuando em disciplinas da licenciatura em física. Desenvolve trabalhos de extensão voltado para a divulgação científica com projeto itinerante. Faz investigações em formação de professores com inovações curriculares e desenvolvimento de sequências de ensino aprendizagem com tópicos de Física Moderna e Contemporânea para a educação básica e em divulgação científica com museus de ciências e projetos itinerantes.
   

Resumo do Seminário:


Nos últimos anos, vem se tornando evidente a necessidade de reforma curricular, principalmente devido às pressões que a escola tem sofrido. Pressões essas que decorrem, entre os diversos motivos, da insatisfação com o ensino, especialmente relacionado à Ciência, que pouco tem contribuído para a formação do indivíduo, condizente com sua época.


Surge, assim, a necessidade de mudança do currículo, principalmente o de Ciências. No entanto, nesse processo, depara-se com algumas dificuldades, principalmente relacionadas à formação de professores, pois, muitas vezes, as crenças e concepções desses profissionais não são consideradas importantes por aqueles que desenvolvem uma inovação, o que pode levar ao fracasso da nova proposta. Nesse sentido, o estudo aqui apresentado investigou a temática da inovação curricular na perspectiva da inserção da Física Moderna e Contemporânea na Educação Básica, a partir da prática de seis professores de física da rede pública do Estado de São Paulo que, desde 2007, participam de um grupo de pesquisa, desenvolvendo, implementando, avaliando e reestruturando propostas de sequências didáticas com esses tópicos. O objetivo principal foi levantar os obstáculos que estes professores tiveram durante as implementações em sala de aula e, como são considerados casos de sucesso, relacionar os saberes desenvolvidos por eles na superação desses obstáculos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

História da Ciência no Ensino


Na última quarta feira, dia 20 de junho, tivemos no auditório Jorge Amado, mais uma atividade do SAEC, com a professora da UNIFESP de Diadema, Thaís Forato. Foi um momento muito importante, pois além de contar com a participação de diversos professores da Área de Ensino de Ciências da UESC - incluindo o DCB, DCIE e DCET, dos cursos de Pedagogia, Fisica, Biologia e Química - também nos trouxe evidências muito fortes da importância do uso da História da Ciência em sala, assim como os cuidados que devem ser tomados com esta escolha. A professora trouxe algumas visões inadequadas sobre a Ciência e o Conhecimento Científico que são geralmente divulgadas sobre a Ciência, destacou a importância do uso da História da Ciência como uma forma de combater essas visões e de se ensinar sobre a Ciência e também enfatizou os principais obstáculos que dificultam o uso da História da Ciência em sala de aula. 

Apresentou que uma visão anacrônica da História - que observa o passado com os olhos do presente - sem levar em conta o contexto do momento, facilita a distorção dos acontecimentos. Destacou ainda que a forma como se divulgam os acontecimentos históricos, como mágicos, sem relação com outras teorias e também os mitos que se criam em torno da imagem dos cientistas, são parte desses obstáculos. 
Assim, se mostrou um momento importante para também pensarmos sobre nossas concepções. Afinal, quem nunca leu em um livro de ciências ou até em outros meios de divulgação, histórias distorcidas, como a da maça que ao cair da árvore fez Newton elaborar toda a teoria da gravitação, ou ainda de Arquimedes que ao entrar na banheira gritou Eureca e 'descobriu' a lei do Empuxo? A professora questionou esses conhecimentos destacando a importância de uma análise mais profunda dos mesmos no trabalho da História, nos mostrando ainda algumas ferramentas para identificarmos a evidência da pseudo História.
Além disto, também foi apresentada a pesquisa de doutorado da docente, mostrando o uso da História da Ciência em sala de aula para o ensino da luz. Thaís Forato apresentou exemplos claros do trabalho em sala de aula, nos fazendo observar a importância e também possibilidade destas ações em sala de aula. Foi ainda destacado que a pesquisa realizada por ela, foi uma pesquisa qualitativa descritiva, pois interessava medir as interações e os momentos de aprendizagem. 
O seminário foi tão empolgante que gerou um debate acalorado e muitos agradecimentos dos professores e alunos presentes. Como o debate  não se fechava, continuou em uma confraternização na casa de uma das professoras, aumentando a interação do grupo de Ensino de Ciências com a docente visitante. A tese da professora está disponível neste link.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

História da ciência na Educação Básica


Os objetivos atuais para o Ensino de Ciências, nos falam da importância não apenas da aprendizagem de conceitos da ciência, mas também sobre a Ciência, incluindo suas características epistemológicas e de construção. Neste sentido, a História da Ciência vem sendo evidenciada como uma das estratégias de ensino para nos mostrar algumas características dessa construção, contudo, este ainda é um tema bastante controverso. 
A partir deste tema problemático, a equipe organizadora dos Seminários Acadêmicos de Ensino de Ciências realizará uma palestra com o tema “A história da ciência na sala de aula: algumas dificuldades e propostas", com a professora Thaís Cyrino de Mello Forato (UNIFESP-DIADEMA),  no dia 20 de junho, às 18h45min, no Auditório Jorge Amado da Universidade Estadual de Santa Cruz.
Veja abaixo o resumo da fala e o currículo da palestrante:


A história da ciência na sala de aula: algumas dificuldades e propostas"1


Thaís Cyrino de Mello Forato – UNIFESP-DIADEMA*


A despeito de inúmeras contribuições alegadas para os usos da História da Ciência no Ensino, diversas pesquisas têm apontado dificuldades, obstáculos e riscos para tal inserção. Quando pensamos na Escola Básica, principalmente, propostas e inovações metodológicas envolvendo a história, assim como a filosofia e a sociologia da ciência, tornam-se mais desafiadoras. Pretendemos refletir, neste seminário, sobre alguns argumentos que defendem os benefícios pedagógicos e formativos envolvendo a inserção da história da ciência no ensino, sobre obstáculos apontados pela literatura atual e apresentar uma proposta efetiva para a sala de aula, desenvolvida e aplicada na escola básica. Tal proposta volta-se para a história da óptica, mais especificamente, envolve a discussão sobre controvérsias entre distintas teorias acerca da natureza da luz.

*Thais Cyrino de Mello Forato é Bacharel em Física PUC-SP (1985), Licenciada em Física PUC-SP (1993), Mestre em História da Ciência PUC-SP (2003) e Doutora em Educação FE-USP (2009). Professora Adjunta na UNIFESP-DIADEMA, no curso de Licenciatura Plena em Ciências. Atualmente, desenvolve pesquisas a respeito da utilização da História e Filosofia da Ciência na Educação Científica atuando, principalmente, nos seguintes temas: História da Ciência, Natureza da Ciência no Ensino de Ciências, Ciência e Teologia em Isaac Newton, o Éter e algumas Teorias da Luz, e, Ensino de Física Clássica. Pesquisador colaborador externo no Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática na Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Educação, em nível superior e no ensino médio, e na formação inicial e continuada de professores. Editora Adjunta de Prometeica - Revista de Filosofia y Ciencia. 
 
1Texto informado pela autora

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Divulgando: Uesb discute Pesquisa e Formação de Professores

Professores de educação básica realizam pesquisa? A universidade tem colaborado para isso? Quais as dificuldades que se apresentam para a inserção da pesquisa na escola? Como superar tais dificuldades?

Estes são questionamentos que chamam o público para refletir e participar do I Simpósio de Pesquisa e Formação de Professores, promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Formação e Atuação de Professores de Ciências (FACI) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). O evento acontecerá nos dias 24 e 25 de agosto, no campus da UESB de Jequié.
Neste evento serão discutidos temas como:
"A pesquisa na formação e na atuação de professores: expectativas e limitações"
“Formação de professores na atualidade”
“Pesquisa colaborativa e formação de professores de Ciências”

Os organizadores ainda convidam, a todos os interessados, a enviar trabalhos, individuais ou coletivos, sobre formação e atuação de professores, até o dia 20 de julho.

Para mais informações, acesse: http://pesquisaeformacao.blogspot.com.br/
(clique na imagem para ampliar)